quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

A Noite de São Paulo

Triste noite em São Paulo.
Pela primeira vez existe um breu na fria noite dessa cidade. Não se enganem, as luzes paulistanas continuam. Essa cidade não para por nada.
O escuro esta no meu quarto.
Acho que o maior problema não foi todo o ocorrido, os poucos dias, o que foi dito.
Oh, darling. Se me permite, é claro.
O problema é a repetição, o vício; esse maldito TOC que me faz agradar e amar tudo e a todos.
Metade de mim é amor.
A outra metade é um viciado em lixo tóxico.
Dessa combinação terrível nasceu um filho brilhante. Filho de todos aqueles solitários, dos esquecidos e desalmados. Dos carentes e necessitados.
Do que adianta arrancar os quadros da parede?
Derrubar os livros?
Não se sinta sozinho, boy.
Just Run.
Isso, fuja das responsabilidades, dos sentimentos que te esfaqueiam sempre que tenta iniciar qualquer contato humano.
O homem não nasce bom como você defendeu a vida toda, kiddo.
Homo homini lupus.
Eu sou meu próprio lobo, minha alcateia, minha cova e meus medos.
A noite de São Paulo não tem breu.
Meu mantra para poder dormir em paz.
A noite de São Paulo não tem breu.
Meu mantra pra afastar a escuridão do meu quarto.
A noite de São Paulo não tem breu.
Meu mantra pra esquecer a dor.
A noite de São Paulo não tem breu.
Meu mantra é mentir pra mim mesmo.
Você também não mentiria?

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