quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Devaneios

Eu li muitas coisas aterrorizantes nesses últimos dias. Eu fiz coisas horríveis, senti a pior ressaca moral da vida e morri pouco a pouco até entender que era necessário tudo aquilo. Cada gole, cada lágrima, cada sorriso sincero.
Eu fiquei bem perto de um grande erro ou até mesmo, se a positividade me permitir, um grande acerto.
Mas isso não importa, esse pano de fundo serve para afastar aqueles que não tem pretensão de ler até o final.
O que importa é o diálogo fictício entre eu e minha mente que me perturba.

- Você que foi embora, rancoroso e mimado.
- Eu que senti que estava louco, aquilo não era certo e você sabia.
- O que é certo? Quais são suas certezas? Certeza que eu tenho é que a Terra irá rodar por mais milhares de anos, que as guerras não terão fim. Certo é o que você não faz.
- O que eu fiz foi certo. Eu estou certo, sempre.
- Mas eu sou você. E você está errado.

Eu estou errado. Sim, não tem sentido esse diálogo.

Estava tentando afastar o tédio e afastei você. Quando tentei te trazer de volta, você me confundia mais do que eu mesmo.
Quando eu tentei pular, você me impediu e ao mesmo tempo olhou pros dois lados antes de atravessar e ficou.

Não. Não me deixe sozinho. Aqui é tão barulhento, essa cabeça a milhão.

Não. Não posso. Você é só sua.

Eu não sei do que será.
Mas tenho medo disso virar um ultraje.
E me odiar por um dia pensar em tudo isso.

Certeza só que nada será igual amanhã.

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