sábado, 30 de maio de 2015

Esta É Pra Você

Eu morri seis vezes em vinte anos. Um bom número? Não acho. Só sei que não quero morrer uma sétima vez. Chega.
Mas como?
Quando se tenta sair de uma dessas mortes horrorosas, sempre vem outra em seguida. É realmente horrivel. Eu tentei, eu juro.
Bom, foda-se.
Chega de ser requintado nas palavras, nos gestos. O que importa é ser um bosta, certo?
Se é pra ser assim, que seja.
Não me importo se é legendado ou dublado, se estiver lendo Harry Potter ou Tampa. Se é cerveja ou Coca-Cola, picanha ou salmão.
Não tenho mais motivos pra me importar, já que, nem na terra do nunca, na terra do impossível, em Nárnia, eu sou ninguém.
Mas só eu consigo ver, todo amor, toda dor e profundidade que carregas em seus olhos. Tudo que deixas escondidos. Pra mim és um livro a ser decifrado. Não falta muito para que eu termine. Tanto, que mais próximo do final, tempo depois do climax, minha energia se foi. Estou prestes a morrer.
De novo.
E de novo.
E novamente.
Estou cansado minha querida. Minha alma é velha, ao mesmo tempo que eu sou todo amor e poesia.
Somente e nada mais.
Não tenho mais nada a oferecer
A não ser
Tudo que eu aprendi nessa vida,
Ou uma vida inteira sem te deixar partir dos meus braços.

Acorde otário.
Limpe essa bagunça. A vida esta uma zona.
Não tem ninguem nos seus braços.
Niguem pra te ver assim. Sozinho.
Diga adeus aos ventos
E me deixe voltar a trabalhar.

Atenciosamente,

Aquele que manda e-mails pra ganhar dinheiro, mas queria estar contigo fugindo do mundo, correndo pra qualquer lugar.

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